Desde o começo do ano, os hotéis de São Paulo estão lotados. É gente atrás dos 90 mil eventos que ocorrem na capital paulista todo ano, segundo a prefeitura, seja para aproveitar a vida noturna mais agitada do país ou para fazer negócios.

O empresário Rodrigo Barros não encontrou vaga e teve de dar um jeito. “Não tinha nenhum hotel. Eu tive que me hospedar na casa de uma amiga minha e só consegui vaga ontem [quarta-feira]”, detalha.

Com a falta de vaga em hotéis, o executivo Fernando Caribé, que viaja da Bahia para Sâo Paulo a cada 15, radicalizou. “Nós já estamos resolvendo este problema alugando um apartamento em São Paulo. Já estamos procurando, não tem outra solução no momento”, conta.

Por causa da escassez de quartos disponíveis, uma rede de hotéis chega a procurar vaga para cliente até na concorrência.

“A gente pede por favor, né? Principalmente quando o hospede é nosso cliente. A gente entrega pro concorrente, mas com uma cordinha”, diz a empresária Chieko Aoki.

Como, daqui a três anos, o país vai sediar a Copa do Mundo, São Paulo deverá ganhar mais 3.500 apartamentos em hotéis até 2014. Ao mesmo tempo em que pensa no futuro, a capital paulista precisa resolver problemas do presente.

Na noite desta quarta-feira (13), teve show da banda U2 no Estádio do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Muita gente encontrou preços abusivos para estacionar o carro ou pegar um taxi após o show.

Os flanelinhas viram os donos da rua. O preço para estacionar o carro chega a R$ 80. Nos estacionamentos, o valor cobrado foi de R$ 140. Quem optou por pegar um ônibus enfrentou sufoco com o coletivo lotado. E se o objetivo era só sair da região, um taxista cobrou R$ 150 para levar até a Vila Olímpia, ainda na Zona Sul e a 3 km do estádio.

O presidente da associação que representa os hotéis em São Paulo, Bruno Omori, lamenta esses maus exemplos e afirma que é uma minoria que joga contra a imagem da cidade.

“Nós criamos campanhas de conscientização, material publicitário, para que essas pessoas possam entender que somente atendendo bem o cliente , sendo honestos e tendo padrão de moral, que vamos atender bons objetivos”, diz Omori.

fonte: G1