Escolas brasileiras começam a investir em lousa digital
A geometria ganha fãs quando é possível ver polígonos em duas ou três dimensões durante a aula.
Fica mais fácil entender geografia quando basta um clique para perceber a distância entre o Brasil e o Japão. Longe do giz e do apagador, professores têm utilizado a tecnologia como aliada para garantir a atenção dos alunos dentro da sala de aula.
Escolas particulares e da rede pública de todo o país têm investido na compra de lousas digitais com tela touch screen que custam, em média, R$ 8 mil cada, de acordo com Ruy Mendes, gerente da Smart Technologies, fabricante das lousas digitais.
O G1 visitou o Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, e a escola municipal Vila Thomazina, em Campo Limpo Paulista, no interior, para conferir a interação da lousa, professores e alunos. (veja vídeo ao lado)
No Dante Alighieri há lousas digitais nas 115 salas. Os alunos da educação infantil até o primeiro ano do ensino médio têm acesso ao equipamento. O corpo docente recebeu treinamento para manusear as lousas que são utilizadas de acordo com o projeto pedagógico da série.
Na sala do 5º ano do ensino fundamental, sob o comando da professora Eloa Azzena Parada, a aula virou diversão.
“Ficou bem mais fácil aprender. Adoro ver os mapas, dá para ver o mundo todo. Toda aula a gente pede um vídeo para ficar mais divertido”, afirma Miguel Bodgan Leão Biuno, de 9 anos.
A lousa interativa tornou-se uma grande parceira de Eloa que procura rechear as aulas com vídeos sobre atualidades e telejornais.
“As crianças são muito visuais e a lousa permite interação. Elas são completamente estimuladas pela imagem. Quando mostro uma atividade na lousa, após explicar uma matéria, eles dizem ‘agora eu entendi'”, conta a professora.
A lousa pode projetar imagens, textos, reproduzir arquivos em power point, vídeos, jogos interativos e, ainda, ligada a netbooks que são utilizados pelas crianças. Cabe ao professor criar os conteúdos.
“É possível trabalhar todas as disciplinas. Depende da criatividade do professor, mas a lousa tem de estar estruturada em uma sequência didática”, afirma Eloa.
Rede municipal
Em Campo Limpo Paulista, a lousa foi implantada em todas as escolas do ciclo fundamental 2 (do 5º ao 9º ano) do município. No total são seis. Elas estão em 43 salas de aulas e são utilizadas por cerca de 2.800 alunos.
Na escola municipal Vila Thomazina, no centro da cidade, depois da chegada dos equipamentos, até os índices de evasão caíram.
“Há muita participação, os alunos não faltam. Quando queima uma lâmpada (de uma peça da lousa) eles vão correndo avisar na diretoria”, diz Denise Jampaulo, diretora da escola.
A professora de informática Suzi Bertini Aparecida diz que se não fosse a lousa, ela não conseguiria ensinar.
“É muito útil e eu sinto que eles já estão habituados. Não teria como dar aulas de informática sem a lousa digital. É mais fácil trabalhar a parte lúdica e a possibilidade que ela oferece é grande, principalmente quando há a interação. Além do mais, acabou a alergia e o pó na mão por causa do giz”, brinca Suzi.
Matheus Sales de Tomin, de 13 anos, alunos do 7º ano, aprova o equipamento. “Fazer as atividades na lousa é bem melhor, dá para aprender mais e fica divertido. Utilizamos ela em quase todas as matérias.”
A intenção da Prefeitura de Campo Limpo Paulista é instalar as lousas em todas as salas do primeiro ciclo do ensino fundamental, do 1º ao 4º ano, ainda neste primeiro semestre do ano. Para isso, a Prefeitura vai precisar adquirir pelo menos mais 100 unidades do equipamento.
fonte: Vanessa Fajardo e Lucas Frasão
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