Após subir quase 4%, dólar completa quatro pregões seguidos de alta

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No quarto pregão consecutivo de valorização, o dólar comercial subiu quase 4% nesta quarta-feira (21) e fechou acima de R$ 1,85.

A cotação da moeda norte-americana avançou 3,75%, vendida a R$ 1,858. Esta é o maior valor de fechamento desde o dia 8 de junho do ano passado, quando a moeda estava a R$ 1,860.

Com o resultado desta quarta-feira, o dólar acumula alta de 7,27% na semana. No mês, a cotação da divisa disparou 16,67%. No ano, o dólar ganha 11,52%.
Nos últimos 15 pregões, o dólar subiu em 14 deles.

Bovespa
Depois de operar em alta ao longo de todo o pregão, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 0,70% nesta quarta-feira, aos 55.981 pontos, cedendo à volatilidade global após a frustração do mercado com o comunicado sobre política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Mercado futuro

A alta do dólar tem sido alimentada pelo comportamento dos investidores no mercado futuro de câmbio. Os estrangeiros, que no primeiro semestre tinham apostas recordes na queda do dólar e ajudaram a moeda a cair às mínimas desde 1999, perto de R$ 1,50, agora inverteram a atuação e apostam cada vez mais na alta da moeda norte-americana diante da crise da dívida na Europa.

Após o fechamento do mercado à vista, o contrato futuro com maior liquidez continuou a subir e chegou a atingir R$ 1,90, indicando que a moeda deve se aproximar desse nível na quinta-feira. O mercado futuro fecha às 18h.

De acordo com dados da BM&FBovespa, os estrangeiros tinham posição comprada de 97.287 contratos futuros de dólar na terça-feira, inversa à posição vendida de 102.577 contratos desses agentes no começo de agosto.

Swap cambial
Diante desse cenário, o BC anunciou nesta quarta que não fará a rolagem do US$ 1,98 bilhão em contratos de swap cambial reverso com vencimento na virada do mês.

O contrato de swap reverso funciona como uma compra de dólares no mercado futuro pelo BC.

O real não foi a única moeda a despencar nesta quarta-feira, embora tenha tido queda mais intensa que outras divisas. O peso chileno, por exemplo, caiu mais de 2%, com o maior volume da história, e o rand sul-africano chegou a ter baixa de 4% ante o dólar.

A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a R$ 1,8280 para venda, em alta de 2,29% ante terça-feira.

fonte: G1


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