Ibope diz que avaliações sobre Dilma sobem

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O percentual de eleitores que avaliou o governo da presidente Dilma Rousseff como ótimo ou bom passou de 51% em setembro para 56% em dezembro, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta sexta-feira (16).

Segundo o levantamento, 9% consideraram o governo Dilma ruim ou péssimo, contra 11% na pesquisa anterior.

A aprovação pessoal de Dilma ficou praticamente estável, oscilando de 71% dos eleitores em setembro para 72% em dezembro.

A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que significa que a aprovação pessoal da presidente pode ser de 70% a 74%.

O percentual dos eleitores que desaprovou a maneira de governar de Dilma permaneceu estável em relação à pesquisa anterior – 21%. Dos entrevistados, 7% não souberam responder.

Entre 2 e 5 de dezembro, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 142 municípios de todas as regiões do país.

Melhor avaliação que Lula e FHC
Na comparação entre os governos Dilma, Lula e Fernando Henrique Cardoso, a avaliação de ótimo ou bom da presidente é a melhor da série histórica, com 56%.

FHC obteve 43% de avaliação positiva no final do primeiro ano do primeiro mandato e 17%, no final do primeiro ano do segundo mandato.

Já o ex-presidente Lula obteve 41% de ótimo ou bom no final do primeiro ano do primeiro mandato, contra 51%, no final do primeiro ano do segundo.

Na pesquisa de aprovação da maneira de governar do presidente, Dilma também aparece na frente de Lula e FHC, com avaliação positiva de 72% dos entrevistados ao fim do primeiro ano de governo.

FHC terminou o primeiro ano do segundo mandato com 26% de aprovação e teve avaliação positiva de 57% ao encerrar o primeiro ano do primeiro mandato.

Já Lula, encerrou 2003, ano em que assumiu o governo, com 66% de aprovação. No primeiro ano do segundo mandato, ele obteve avaliação positiva de 65% dos eleitores.

Denúncias de corrupção
Desde que a última pesquisa foi divulgada, no fim de setembro, dois ministros deixaram o governo após denúncias de irregularidade, Orlando Silva (Esporte) e Carlos Lupi (Trabalho).

Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que aconteceu um pouco antes da divulgação dos números da pesquisa Ibope, a presidente afirmou que seu governo tem “tolerância zero” à corrupção.

“Não tem nenhum compromisso com qualquer prática inadequada de corrupção dentro do governo. É nenhum, é zero. Tolerância zero.”

O assunto mais lembrado pela população na pesquisa envolve denúncias de corrupção. No total, 28% dos entrevistados lembram, de imediato, de algum noticiário ligado a irregularidades no governo.

As denúncias contra o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi foram o assunto mais citado por 23% dos entrevistados.

As quedas de ministros do governo foram lembradas por 10% dos eleitores. As viagens da presidente Dilma foram o terceiro assunto mais destacado pelos entrevistados (4%).

Já o vazamento de óleo pela petroleira norte-americana Chevron, na Bacia de Campos, foi lembrado por 3% dos entrevistados. Na avaliação geral, 35% dos entrevistados consideraram que o noticiário recente sobre o governo não é “nem favorável nem desfavorável”.

O percentual dos entrevistados que identifica que as notícias foram mais favoráveis é de 21%, enquanto 19% consideraram o noticiário desfavorável.

Expectativas
As expectativas em relação ao governo Dilma melhoraram. Dentre os entrevistados, 59% acreditam que o período restante do governo – mais três anos – será “ótimo” ou “bom”, contra 56% na pesquisa de setembro.

Na comparação com o levantamento de dezembro de 2010, o otimismo diminuiu. Na ocasião, 62% dos eleitores previam que o governo da presidente Dilma seria “ótimo” ou “bom”.

Combate à inflação, juros e impostos
A pesquisa Ibope revela ainda que a maioria da população brasileira continua a desaprovar as ações do governo Dilma no combate à inflação.

De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados não concorcordam com a política de combate ao aumento de preços, enquanto 39% aprovam. Em setembro, a desaprovação era de 55%, contra 38%.

Mais da metada da população também é contrária à política de juros do governo – 56%. Na comparação com a pesquisa de setembro, no entanto, o percentual de desaprovação caiu três pontos percentuais, enquanto o percentual dos que aprovam as taxas de juros praticadas pelo governo se manteve estável, passando de 32% para 33%.

A política de impostos teve a pior avaliação dentre as áreas avaliadas. O percentual de desaprovação é de 66%, o mesmo da pesquisa anterior, contra 26% de aprovação, um ponto percentual a menos que o registrado em setembro.

Segurança pública, saúde, educação e meio ambiente
A maioria da população, 60%, também desaprova a política nacional de segurança pública, um ponto percentual a mais na comparação com o levantamento anterior. A aprovação passou de 37% para 35%. Os residentes de cidades grandes são os que mais criticam as ações do governo no setor.

A avaliação do governo na área da saúde se manteve estável na comparação com o levantamento de setembro. De acordo com a pesquisa, 67% desaprovam as políticas do governo para o setor, enquanto 30% aprovam.

Nas grandes cidades, com mais de 100 mil habitantes, e nas capitais, o índice de desaprovação é de mais de 70%.

Na área da educação, a desaprovação das ações do governo entre os entrevistados é de 51% contra 44%.

Avaliações positivas
O governo obteve maioria na avaliação positiva em três áreas: combate à pobreza, meio ambiente e combate ao desemprego.

De acordo com a pesquisa, 56% aprovam as ações de combate à fome e à pobreza, contra a desaprovação de 39%.

As políticas relacionadas à proteção do meio ambiente têm uma aprovação de 48% contra a desaprovação de 44% dos eleitores.

No entanto, na comparação com a pesquisa anterior, houve uma queda de seis pontos percentuais na aprovação e um aumento também de seis pontos percentuais de desaprovação.

Com relação à política de combate ao desemprego, a avaliação é positiva para 50% dos entevistados, contra 45% que consideram as ações insuficientes.

fonte: Nathalia Passarinho


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