Veja quais atividades extracurriculares devem ser valorizadas ou evitadas no currículo
Se você é daqueles que aproveitam o campo ‘atividades extracurriculares’ do currículo para listar tudo que já vivenciou fora do âmbito profissional, como curso de teatro, viagens, ações sociais… Atenção!!! Este é o primeiro contato do empregador com o profissional, portanto é preciso detalhar o objetivo de cada item e evitar expor certas experiências – como uma viagem de turismo – para não causar a falsa impressão de que você está perdido profissionalmente.
“Tem que tomar muito cuidado com o que se escreve no currículo. Por exemplo, um treinamento em liderança é sempre bem visto pelas empresas, independentemente da profissão. Já um curso de teatro nem sempre tem um link com a carreira em questão. Neste caso, é preciso explicar por que se buscou essa atividade, citando motivo como ‘melhorar a capacidade de expressão’”, sugere Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching.
Explique seu objetivo por trás de uma ação social para não se passar por assistencialista
Para o especialista, as atividades extracurriculares devem ser um complemento à carreira. É o caso de um curso de fotografia para um jornalista ou de técnicas de negociação para um administrador ou economista.
Outro tipo de ação valorizada são as de cunho social, pois podem dar a impressão de que o profissional está explorando uma virtude pessoal. Mas mesmo estas precisam ser detalhadas no currículo.
“Somente citar os projetos sociais pode dar a impressão de que você está muito focado em ajudar o próximo, e o mercado de trabalho não gosta disso”, alerta Villela, que cita as ações sociais de Bill Gates como um exemplo positivo, já que visam ao desenvolvimento humano e não são simplesmente assistencialistas.
Evite citar viagens sem objetivo profissional no currículo
Enquanto os cursos e ações sociais devem vir acompanhados de explicações, algumas experiências nem devem ser citadas.
Por exemplo, um ano sabático para explorar o mundo. “Para mim, quem precisa de um ano para pensar na vida não tem a capacidade de resiliência e de autorrenovação”, afirma Villela, que quando trabalhava uma empresa multinacional passou três meses na Índia.
“Na época, eu comprovava no meu currículo, ‘por a mais b’, como essa experiência me trouxe resultados; como aprendi a liderar pessoas e a melhorar minha capacidade de interação multicultural”, avisa.
O especialista em coaching frisa a importância das atividades extracurriculares serem voltadas para o desenvolvimento do autoconhecimento.
“Existe um ‘gap’ muito grande entre o que as universidades ensinam e o que o mercado exige. Além da capacidade técnica, que inclui estudo no exterior e línguas, são necessárias habilidades comportamentais intra e interpessoais. É preciso ser positivo em relação ao futuro, saber não só enxergar o problema mas dar solução para ele e também conseguir interagir e fazer com que as pessoas da sua equipe tragam mais resultados”, conclui Villela, que avisa que nenhuma atividade deve ser feita simplesmente para impressionar no currículo.
fonte: http://gnt.globo.com
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