Banco do Brasil anuncia 3ª redução das taxas de juros
O Banco do Brasil anunciou nesta sexta-feira (4) mais uma redução nas taxas de juros da instituição financeira – a terceira em um mês.
As mudanças incluem novas taxas de juros para pessoa física, lançamento e reformulação de linhas de crédito que contam com garantia de imóveis ou veículos, além de simplificação da portabilidade de crédito.
Segundo o banco, as novas taxas valem para quem tem conta salário no BB e aderir ao programa “Bom para todos” – mas a instituição anunciou, também, novidades em linhas para quem não tem a conta salário, desde que ofereça o imóvel ou veículo como garantia.
Com as novas reduções, clientes com conta no banco que aderirem ao pacote não pagarão mais do que 3,94% ao mês em nenhuma modalidade de crédito pessoal, afirma a instituição.
Para quem tem conta-salário no BB, os juros do cheque especial foram reduzidos de até 8,31% para 3,94% ao mês, em taxa única. Essa nova taxa vale a partir do dia 10 de maio, afirma o vice-presidente Alexandre Abreu.
Os juros para esses clientes já são, desde o início de abrill, de 2,94% ao mês para o rotativo do cartão de crédito e para o parcelamento de dívidas do cheque especial.
Outra redução foi nos juros de linhas de crédito pessoal (CDC automático e CDC renovação), que tinham taxa máxima de 5,79% e terão taxa máxima de 3,94% ao mês.
Veículos e imóveis como garantia
Para clientes que não recebem salário pelo banco, a instituição anunciou uma linha de crédito para pessoas físicas com garantia de imóvel próprio, com juros reduzidos de 1,52% a 1,60% ao mês e prazo de pagamento de até 180 meses.
Nesse caso, o BB fará uma avaliação do valor do imóvel e a liberação do crédito será em até cinco dias úteis a partir da entrega da documentação, afirma o vice-presidente. O limite financiável é de 50% do valor do imóvel.
A linha será disponível, no entanto, apenas para quem tem renda acima de R$ 6 mil.
Para quem não tem imóvel próprio e nem renda inferior a R$ 6 mil, o banco oferece um empréstimo usando o veículo usado (com até cinco anos de fabricação) como garantia. Para essa linha, o BB reduziu os juros de 3,20% (taxa média) para 1,58% ao mês (taxa média) – as taxas novas exatas são entre 1,27% e 2,80% ao mês.
Nesse caso, o limite financiável será de até 70% do valor do veículo, com prazo de até 58 meses e liberação imediata do crédito após aprovada a operação, garante o banco.
Essas duas linhas entram em vigor no dia 27 de maio.
Portabilidade para veículos
O BB anunciou também um novo mecanismo para facilitar a agilizar a portabilidade de crédito para veículos – ou seja, clientes que têm financiamento em outro banco e querem transferir o empréstimo para o BB.
Segundo o banco, as etapas foram simplificadas por meio de investimento em automação e os consumidores interessados na portabilidade deverão, apenas, atualizar cadastro no banco para que seja avaliado o limite de crédito e solicitar a transferência da dívida.
“Antes, tínhamos uma questão que o cliente informava para o banco o valor da dívida, o banco fazia a liquidação no outro banco, porém não acontecia no mesmo dia a transferência da garantia. O Banco do Brasil desenvolveu um sistema tecnológico em que ele vai fazer isso automaticamente, não no mesmo dia, mas ele vai se responsabilizar por fazer isso, e o período entre o dia que faço a liquidação do financiamento e a garantia, o banco está descoberto, mas vai confiar no clientes, que a operação vai ser transferida”, explicou Abreu.
Para esses clientes, as taxas serão as mesmas do ‘Bom para todos’ para crédito de veículos, de 0,95% a 1,99% ao mês (essas taxas já haviam sido reduzidas em abril, e antes eram de 1,24% a 2,30%).
De acordo com o banco, na operação da portabilidade não é cobrado novamente o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para a nova tomada de crédito.
Inadimplência
Mesmo com as novas reduções de juros, o banco afirma que não teme aumento da inadimplência.
“Não verificamos nenhum aumento consistente em nossas linhas de crédito e (…) não temos expectativa de aumento. Entendemos que, na hora que eu reduzo a taxa de juros, eu trago para tomar crédito o cliente que não toma crédito hoje porque entende que a taxa está muito alta. (…) Esse é um cliente muito prudente, que não pega empréstimo a qualquer taxa de juros. Quando esse cliente ingressa na nossa massa de clientes, a tendêndia da inadimplência é diminuir”, disse o vice-presidente.
De acordo com o banco, desde o início da redução das taxas de juros pela instituição, os desenbolsos diários da instuição têm crescido. A média diária de desembolsos totais de CDC, por exemplo, subiram de R$ 199,6 milhões, ao final de março, para R$ 299,7 milhões, ao final de abril.
No crédito de veículos, um dos destaques do crescimento, segundo o vice-presidente, o aumento foi de R$ 10,8 milhões para R$ 38,2 milhões.
3ª redução em um mês
Esta é a terceira redução em um mês. O último corte nas taxas de juros praticadas pelo banco foi anunciado no dia 19 de abril, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa básica de juros para 9% ao ano.
Na ocasião foram reduzidos as taxas mínimas para cheque especial, crédito consignado, financiamento de veículos, entre outras operações.
A instituição diz, ainda, que anunciará uma novidades na próxima semana em fundos de investimento e em linhas de crédito para micro e pequenas empresas.
Lucro do BB recua no 1º trimestre
O Banco do Brasil anunciou ter encerrado o primeiro trimestre de 2012 com lucro líquido de R$ 2,5 bilhões, após ter registrado ganhos de R$ 2,932 bilhões no mesmo período de 2011, queda de 14,7%, conforme dados divulgados pela instituição, em meio a maiores provisões para perdas diante da tendência de aumento da inadimplência.
Em relação ao quarto trimestre do ano passado, quando o lucro havia atingido R$ 2,972 bilhões, o recuo foi de 15,8%
fonte: G1
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