Ford anuncia nova geração do EcoSport nas versões 2.0 e 1.6
O lançamento oficial da segunda geração do EcoSport aconteceu neste domingo (5), em Natal, quando o G1 pôde avaliar e comparar as duas versões mais importantes da linha em termos de vendas: a intermediária Freestyle 1.6 e a topo de linha Titanium 2.0.
Apesar da campanha longa para promover o carro -com a primeira “aparição” em janeiro passado-, algumas novidades foram guardadas para o evento no RN. A principal é que o carro chega às lojas somente em setembro.
Sendo assim, os preços divulgados agora – de R$ 53.490 a R$ 70.190 contam com o desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), benefício que acaba no próximo dia 31.
Se o governo mantiver a posição de não prorrogar o imposto mais baixo para carros, os valores do EcoSport serão outros quando o consumidor puder ver o carro na loja.
Outra novidade é que a versão automática, com esperada embreagem dupla, só chega em outubro, quando estreará no Salão de São Paulo. E a 4×4 será lançada “no fim do ano”, diz a equipe de marketing da Ford.
Por último, a má notícia é que as fotos divulgadas do modelo com teto solar só se referem a um protótipo de exibição para o mercado chinês. O item ainda é algo estudado pela Ford.
De qualquer forma, é um carro que surpreenderá quem sempre gostou de EcoSport e de quem torcia o nariz para a primeira geração, seja pelo barulho na cabine, pela carroceria desajeitada de “Fiesta alto” ou pelo motor que rateava em subidas íngremes.
Agora, além de se tratar de uma plataforma nova, a do New Fiesta, o SUV traz um pacote tecnológico tanto de conforto quanto de segurança que eleva a categoria do modelo (direção elétrica, freios ABS e airbag frontal duplo em todas as versões, por exemplo). Assim, a Ford aposta no sucesso do carro, mesmo com preços mais salgados.
Topo de linha
A primeira versão avaliada pelo G1 foi a topo de linha Titanium (R$ 70.190). Ela traz de série sistema de assistência em rampa (que evita que o carro ande para trás em subidas íngremes), controles de estabilidade e de tração, sensor de estacionamento, rodas de liga leve de 16″, computador de bordo, vidro com sistema “one touch” (fechamento com um toque), ar-condicionado digital, sensores de chuva e de luminosidade, bancos de couro, chave inteligente, grade cromada e seis airbags.
O motor 2.0 Duratec é o mesmo do EcoSport anterior e oferece 147 cavalos a 6.250 rpm e 19,7 kgfm a 6.250 rpm. Ele tem boas respostas e potência para viagens tranquilas. O conjunto câmbio-transmissão peca somente pelo encaixe nada macio da alavanca do câmbio manual.
Das linhas externas, a grade frontal cromada deixa o carro mais elegante, mas não faz tanta diferença. O desenho é o mesmo das outras versões (S, SE e Freestyle). A luz diurna a LED do protótipo foi abençoadamente colocada na versão final e deu mais charme e modernidade ao EcoSport.
O estepe não atrapalha a visão do motorista e, desta vez, não trepida tanto, causando menos barulho no habitáculo. Ele continua na tampa do porta-malas, em boa altura para ser retirado.
Interior
Ao entrar, o sorriso desmonta um pouco do rosto. A versão Titanium vem de série com bancos de couro, o que lhe dá um ar mais refinado. Porém, o belo desenho do painel foi executado em um plástico diferente do New Fiesta, e não é emborrachado – o que seria um “mimo” interessante para uma versão topo de linha.
Assim, a Titanium se iguala à Freestyle ou a S e SE se for considerar os materiais estruturais de acabamento. O revestimento das portas e os porta-trecos deixam tal constatação bem nítida.
Por causa disso, talvez o concorrente que mais ameace a versão topo de linha do EcoSport seja o próprio New Fiesta, pelo custo-benefício.
O que o totalmente renovado SUV da Ford traz de vantagem em qualquer uma das versões é o conforto dentro do habitáculo. Para o motorista, tem-se boa visibilidade, ajuste fácil de banco e de retrovisores, além de uma posição de dirigir alta, nada cansativa. Dá para encarar viagens longas com o carro sem problema de dor na lombar – há ajustes também do banco neste sentido.
Para os passageiros, sobra espaço para as pernas, e quem vai no banco de trás conta ainda com três possíveis posições de inclinação do encosto do banco, o que permite tirar cochilos mais confortáveis, como em uma poltrona em casa.
O único problema, neste caso, é o sistema. É preciso puxar firme uma fita que fica ao lado do banco e, com a outra mão, acertar a posição do banco.
Quem estava acostumado com o EcoSport antigo só vai estranhar no começo é a linha de cintura mais elevada, que deixa os vidros menores e mais altos.
Outro ponto que merece destaque foi o trabalho da Ford em resolver de vez o ruído dentro da cabine. Silenciosa, finalmente o painel não trepida mais e o barulho do motor não passa para o habitáculo.
O volante, mesmo elétrico, também não treme ao passar nos buracos. O baixo nível de ruído só seria melhor se o ar-condicionado não fosse tão barulhento. Ele, sim, estraga o conforto acústico se for colocado em velocidades altas, como foi preciso no teste para aguentar o calor de Natal.
A suspensão, também nova, segura bem o carro no chão.
Agora, o EcoSport não passa mais insegurança nas curvas e supera buracos, valetas, lombadas e ruas de paralelepípedo sem tanto chacoalho.
Freestyle 1.6
A versão mais vendida da geração antiga deverá ser a mais procurada também na geração estreante, a intermediária Freestyle 1.6 (R$ 59.990).
Isso porque ela vem com um bom pacote de itens de série – sistema de assistência em rampa (evita que o carro ande para trás em subidas íngremes), controles de estabilidade e de tração, sensor de estacionamento, rodas de liga leve de 16″, computador de bordo e vidro com sistema “one touch” (fechamento com um toque) – e um competente motor 1.6 Sigma, o mesmo do New Fiesta e do Focus.
Quem quiser adicionar airbags laterais e bancos de couro vai pagar R$ 3.700 a mais pelo conjunto. E por que não partir direto para a Titanium? Porque o moderno motor 1.6 dá conta do recado e torna esta versão o melhor custo-benefício da linha.
Ele desenvolve 115 cv a 5.500 rpm e 15,9 kgfm de torque a 4.750 rpm. E é exatamente o torque mais “nervosinho” que garante o bom desempenho na estrada, seja para ultrapassagens ou para ter fôlego em trechos de aclive.
Conclusão
Esqueça o que já foi o EcoSport. Ele é um carro que literalmente nasceu de novo, agora como modelo global. Ganha dos concorrentes pelo custo-benefício, especialmente porque agrega tecnologias como o sistema de conectividade Sync, direção elétrica, assistente de partida em rampa, compensação do áudio quando aumenta a velocidade, aerodinâmica 11% melhor (em relação ao modelo antigo), entre outras.
O único aspecto questionável é o acabamento, que poderia ter materiais e encaixes melhores. Em outras palavras, ser mais caprichado. Quem sabe o modelo 2014 receba melhorias. Afinal, a própria história do EcoSport mostra que ele sempre esteve aberto a sugestões para evoluir.
fonte: Priscila Dal Poggetto
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