Brasil perde para a Noruega no handebol feminino e seleção é descassificada

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O placar com seis gols de vantagem no segundo tempo encheu a torcida de esperança. O Brasil jogava com segurança e ignorava o favoritismo da campeã olímpica e mundial Noruega. Então, houve o apagão. De novo. Derrotadas por 21 a 19 nas quartas de final, as brasileiras estão fora da disputa por medalhas nos Jogos de Londres.

A confiança em quadra deu lugar às lágrimas e ao sentimento de tristeza da seleção com a melhor chance de subir ao pódio olímpico na história do handebol feminino nacional.

– Estou completamente decepcionado com o resultado de hoje, mas muito feliz com a forma como mostramos nosso handebol nas Olimpíadas. Nossa meta era mostrar que somos capazes de lutar pela medalha, mas a realidade é que a Noruega mostrou seu nível. É difícil. Acontece de uma equipe ficar sem fazer gols, mas dez minutos é muito tempo – avaliou o técnico dinamarquês Morten Soubak, que já tem seu contrato renovado para comandar a seleção brasileira até 2016.

A pivô Duda não resistiu às lágrimas e lamentou a atuação do time no segundo tempo, mas deixou a quadra satisfeita com o conjunto da obra.

– No segundo tempo, caímos. Não foi azar pegar a Noruega, nós estávamos preparadas. Em alguns momentos foi falta de qualidade nossa. Tristeza, é só isso que eu sinto agora. Cair nas quartas de final não era o nosso objetivo, estou triste, mas continuo tendo orgulho de jogar neste time – afirmou a jogadora.

Na semifinal, a Noruega enfrentará a vencedora do duelo entre Rússia e Coreia do Sul, prata e bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. O jogo será nesta segunda-feira, às 13h (de Brasília).

Início promissor
O Brasil começou avassalador no primeiro tempo. Alê passou por cima da barreira norueguesa como quem estava apenas treinando. No placar, 8 a 4 nos primeiros dez minutos. Bem posicionada na defesa, a seleção obrigou a adversária a arremessar perto da marca dos 9m.

As bolas que foram direto para fora, principalmente vindas de Snorroeggen, e a boa atuação de Chana deram ainda mais segurança. A vantagem de quatro gols foi mantida durante quase todo o período inicial.

No fim, as brasileiras abriram um pouco a marcação e permitiram contra-ataques, mas as equipes foram para o intervalo com 13 a 9.

Uma defesa de Chana e dois gols logo no início do segundo tempo mostravam que a seleção ia seguir um caminho tranquilo até a vitória. Então, o apagão. Com o placar em 15 a 9, o Brasil parou de novo, assim como fez no final do último jogo contra Angola. Foram quatro gols seguidos da Noruega.

O técnico Morten Soubak parou o jogo. Deu certo, Silvia quebrou o jejum de gols. No lance seguinte, porém, Alstad também balançou as redes. O clima ficou mais tenso em quadra. Quando o Brasil marcava de um lado, a Noruega logo respondia. A vantagem verde e amarela no placar não passava de dois gols.

Mais ansiosas em quadra, as brasileiras se anteciparam no ataque e erraram muitos arremessos. A diferença no marcador caiu para apenas um gol (18 a 17). Então, a sorte pareceu querer virar.

Alstad cobrou um tiro de sete metros, e Chana defendeu. Duda fez nova falta e ganhou suspensão de dois minutos. Tiro de sete metros, e a bola de Johansen foi no travessão.

Mas o Brasil ainda não conseguia marcar. A goleira Grimsbo cresceu no jogo e ganhou status de vilã verde-amarela. Atrás, a defesa abriu, Snorroeggen empatou e Koren virou (19 a 18).

O técnico da seleção parou o jogo novamente. Não deu certo. A defesa brasileira não se encontrou em quadra, e as campeãs mundiais não perdoaram: 21 a 19. Foi o adeus ao sonho olímpico do Brasil.

fonte: GLOBOESPORTE.COM


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