Celular dentro dos presídios com tática de entrada
Criminosos usam diferentes estratégias para os celulares chegarem dentro dos presídios paulistas. Nas cadeias de São Paulo, têm até esfiha recheada de celular. Semana passada, a polícia descobriu duas mulheres que cortaram o cabelo dos filhos e colaram perucas para esconder baterias e carregadores.
Por celular, saiu uma das mais novas determinações dos criminosos que agem dentro e fora dos presídios de São Paulo: viciado em drogas com comportamento que desperta atenção da polícia não pode continuar na quadrilha.
“O que a gente percebe é que cada vez mais essa facção está se profissionalizando. E a única forma de comunicação rápida é o telefone celular”, explica a promotora Sandra Reimberg.
Telefonema
No dia 21 de setembro, dia de visita no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, na Zona Leste de São Paulo, em um telefonema gravado com autorização judicial, um dos presos da cadeia fala sobre um grupo de oito meninas, todas aliciadas pelo crime. A visita, diz ele, é só um pretexto para que levem drogas e celulares escondidos no corpo.
Condenado por tráfico, seqüestro e formação de quadrilha, o homem vende de dentro do presídio, segundo o Ministério Público, cerca de R$ 200 mil em drogas por mês. A investigação também revelou que, em 15 dias, de um único celular usado pelo criminoso, foram feitas mais de 3 mil ligações.
“A impressão que fica é que eles ficam absolutamente à vontade dentro do presídio, sem nenhum controle”, afirma a promotora Sandra Reimberg. Em uma das gravações, o preso confirma que Marcos Camacho, o Marcola, é o chefe da quadrilha. Marcola está preso há mais de um ano na penitenciária de segurança máxima de Presidente Venceslau, a 611 km de São Paulo.
Segundo funcionários que não quiseram se identificar, as refeições da penitenciária de Presidente Venceslau são feitas por presos de uma cadeia que fica a 30 quilômetros, e transportadas em caminhões. Os funcionários disseram que a comida não passa por revista. No dia 28 de novembro, sobraram cerca de trinta esfihas. Um agente penitenciário resolveu comer o salgado e descobriu um celular misturado com o recheio. As outras esfihas foram abertas e mais um aparelho foi encontrado.
Fonte:g1
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