Ditador sírio afirma antes de trégua que retomará território de terroristas

Ditador sírio afirma antes de trégua que retomará território de terroristas

Ditador sírio afirma antes de trégua que retomará território de terroristas

Em rara aparição pública, Bashar Al-Assad promete reconstruir país que há 5 anos vive guerra civil; cessar-fogo no território começa nesta segunda-feira

Horas antes do início do cessar-fogo acordado entre Estados Unidos e Rússia para a Síria, marcado para a noite desta segunda-feira (12), o ditador do país, Bashar al-Assad, declarou que o governo de Damasco irá retomar todo o território das mãos dos “terroristas” – referência aos grupos rebeldes que atuam em seu território, entre eles o Estado Islâmico e outras organizações jihadistas, e curdos, que reivindicam independência.
Assad ainda declarou que irá reconstruir a Síria, em rara aparição pública em Daraya, a sudoeste da capital, em ocasião da festa religiosa Eid al-Adha. A escolha da cidade foi simbólica visto que ela foi retomada recentemente das mãos de opositores.
“Viemos aqui para substituir a falsa liberdade pela verdadeira, que começa com a volta da segurança, continua com a reconstrução e acaba com uma decisão nacional independente”, discursou Assad horas antes do início da trégua entre norte-americanos e russos.
Se o cessar-fogo for respeitado, Moscou e Washington iniciarão uma colaboração militar para combater grupos terroristas, como a Frente al Nusra e o Estado Islâmico. Segundo os governos dos dois países, o objetivo final do acordo é criar condições para a retomada das negociações de paz entre rebeldes e o regime de Assad e possibilitar a chegada de ajuda humanitária a áreas afetadas pelos bombardeios das forças aliadas a Damasco.
A morte de dezenas de pessoas em bombardeios e enfrentamentos ao longo do fim de semana, no entanto, levou ambas as partes do acordo a duvidarem se a trégua realmente será respeitada.
A Síria sofre com uma guerra civil desde 2011, quando, inspirados na Primavera Árabe, opositores ao regime de Assad iniciaram uma rebelião armada para tirar o ditador do poder. O conflito, que dura até hoje, criou um vácuo de poder no país e deixou mais de 400 mil mortos nos últimos cinco anos em seu território.
Fonte: Último Segundo/Mundo/Com informações da Ansa


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