Trump assina lei orçamentária e evita paralisação do governo neste ano
Apesar de ser uma das maiores promessas da campanha do magnata, texto não inclui verba para a construção de um muro na fronteira com o México
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (5) uma lei orçamentária de US$ 1,1 trilhão para financiar o governo até a conclusão do atual ano fiscal, em setembro. O objetivo é evitar a paralisação de algumas atividades por falta de recursos. A lei não inclui nenhuma verba para a criação de um muro na fronteira com o México, apesar de ser uma das maiores promessas da campanha do republicano.
A informação sobre a assinatura da lei por Donald Trump foi dada pela porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, durante uma coletiva de imprensa. A lei orçamentária havia sido aprovada na quinta-feira pelo Senado dos Estados Unidos, um dia depois de ter obtido a autorização da Câmara dos Representantes.
O acordo bipartidário sobre o orçamento foi firmado após semanas de negociações e inclui um aumento de US$ 1,5 bilhão no financiamento da segurança na fronteira com a segurança nas fronteiras. No entanto, a lei não incluiu verbas para começar a construção do muro na fronteira entre os EUA e o México, uma proposta que era criticada pelos democratas.
Mesmo com esse impasse, a Casa Branca considerou a lei orçamentária uma vitória, por incluir também recursos para o Departamento de Defesa. A lei de 1.665 páginas aumenta ainda os gastos com a Nasa, a pesquisa médica, o FBI e outros órgãos federais.
Obamacare
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na quinta-feira (4) o projeto que acaba com o chamado Obamacare, que é a lei de cuidados de saúde implantada pelo ex-presidente Barack Obama. A matéria foi aprovada por uma diferença de apenas quatro votos e após longas semanas de negociação. As informações foram publicadas pela Agência EFE.
O texto, aprovado por 217 votos a favor e 213 contra, além de uma abstenção, ainda terá de passar pelo Senado, onde a maioria republicana é mais estreita. Além disso, os senadores conservadores mais moderados se opõem ao plano aprovado pela Câmara, motivo pelo qual esta vitória do presidente norte-americano para cumprir sua promessa de acabar com o Obamacare não garante seu sucesso.
O novo projeto de lei, conhecido como Lei Americana de Cuidado de Saúde (AHCA, na sigla em inglês), revoga disposições básicas do sistema atual, como os subsídios para ajudar pessoas a obter cobertura, a expansão do Medicaid –um programa para pessoas com poucos recursos – e as obrigações para expandir os seguros médicos.
A AHCA proposta por Donald Trump proporciona um novo crédito fiscal destinado a ajudar pessoas a comprar seguros, mas proporcionaria menos ajuda que o plano atual às pessoas de poucos recursos. O Escritório Não Partidário de Orçamento do Congresso estimou que até 24 milhões de americanos poderão ficar sem seguro de saúde durante a próxima década sob a versão prévia da proposta aprovada, a qual não foi submetida a uma nova análise após as mudanças.
Fonte: Último Segundo/Mundo/Ig. São Paulo
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