Galo da Madrugada leva 2 milhões de pessoas às ruas do Recife

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O desfile do bloco Galo da madrugada, no centro do Recife, arrasta mais de 2 milhões de foliões, segundo os organizadores. Neste momento, o Galo está na apotesose, na metade do percurso de 4,5 quilômetros que serão percorridos. O frevo parou para que os participantes cantassem o hino da agremiação, considerada o maior bloco de Carnaval do mundo, segundo o Guiness, livro dos recordes. A Rua da Concórdia, no centro está totalmente tomada, e 23 trios elétricos fazem a festa. Este ano, há gente estreando no bloco, como o cantor Toni Garrido e a Banda Calypso.

A festa começou por volta de 7h, quando os participantes começaram a se reunir no Forte das Cinco Pontas. Este ano, o Galo completa 31 anos de vida, com o tema Enéas, Alegria do Carnaval. O homenageado é Enéas Freire, fundador do bloco, que morreu em 2008.

Uma das novidades do bloco é o primeiro camarote oficial do Galo, montado este ano, com capacidde para 800 pessoas na área Vip e pista para 1.500 convidados.

Nesta sexta, sob forte chuva, o prefeito do Recife, João da Costa, passou para as mãos do Rei Momo a chave da cidade, marcando a abertura oficial do carnaval 2009 no Marco Zero. O aquecimento ficou por conta do frevo estilizado do Maestro Forró e da Orquestra da Bomba do Hemetério.

As acrobacias do Maestro Forró pareciam atrair os foliões, que enfrentando a chuva, não paravam de chegar ao Recife Antigo. Os instrumentos de sopro logo deram lugar aos tambores dos maracatus. Quatorze nações com seiscentos batuqueiros no total, de acordo com a organização do evento.

E foi sob a regência do percussionista Naná Vasconcelos, que o jovem pianista Vitor Araújo e o cantor Caetano Veloso subiram ao palco para, juntos, darem um show. Foi o momento do popular se juntar ao erudito. Pela primeira vez tocando com Naná e Caetano, Vitor Araújo não escodeu a emoção.

– É a realização de um sonho. Eles são meus ídolos! – afirmou pouco antes da apresentação.

Molhado, Naná conduziu com maestria a multidão de percussionistas. A mistura de estilos agradou. A essa altura, a chuva tinha dado uma trégua e o Marco Zero estava lotado. Prova de que a música é mesmo universal e que o carnaval do Recife tem público para todos os ritmos.


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