Crítica se decpciona com novo CD do U2, No line on the horizon

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Anunciado previamente como um trabalho que revolucionaria mais uma vez o rock (nas palavras de um de seus produtores, Daniel Lanois, o outro é Brian Eno, e ainda houve uma mãozinha de Steve Lillywhite, que fez os primeiros discos da banda nos anos 80), o que temos em “No line on the horizon”, é um U2 um tanto modesto, até para os padrões da banda irlandesa, que tenta ser poderosa e comedida ao mesmo tempo. Discos anteriores, como “Achtung, baby” (91), por exemplo, foram muito mais revolucionários quando guinaram o som do U2 em outra direção nos anos 90 (ficaram levemente eletrônicos, mais sofisticados), sem perder a característica da banda, só dando um ganho no geral, inclusive no visual, a cargo do fotógrafo Anton Corbijn.

Desta vez, o que temos é um álbum de bom para mediano, sem nenhuma faixa que salte aos ouvidos de cara, embora a abertura com a faixa-título e a seguinte, “Magnificent” prometam algo mais. Essa impressão já tinha ficado com o lançamento do primeiro single, “Get on your boots”, que não teve o alcance de musicas como “Elevation”, por exemplo. A outra faixa mais empolgante do álbum é “Stand up comedy” (que tem uma boa letra, com aquele viés politizado do U2). E o disco é mais ou menos assim, segue entre altos e baixos. Tem aqui e ali algumas marcas da banda, como as guitarras tremuladas, marca registrada de The Edge, o jeito de cantar do Bono, o correto acompanhamento de Adam Clayton (baixo) e Larry Mullen (bateria), mas cadê a grande surpresa que prometeram? É apenas um disco bem feito, nada mais.

Com calma, dá para prestar maior atenção nos arranjos (como os de “Fez-being born”, que cita um trecho de “Get on your boots” na abertura), em várias filigranas que deixam quase imperceptíveis instrumentos de origem orientais, nos vocais (faixas como “White as snow”, por exemplo, são bonitas), mas ainda assim eles não trazem nada de muito surpreendente. Nem mesmo em termos de produção, embora seja inegável a qualidade do som. E faixas como a longa “Moment of surrender” e “Unknown caller”, que rolam seguidas, remetem aos momentos épicos de um imitador do U2 nos anos 80, o escocês Simple Minds, pois o próprio U2 já fez esse tipo de música muito melhor no passado. Mas podem agradar aos fãs mais saudosistas.

É claro que “No line on the horizon” não passará em branco, ele já tem garantido no Brasil (sai dia 27 de fevereiro na Irlanda e no restante do mundo, Brasil incluso, no dia 2 de março) o disco de platina por 60 mil cópias vendidas previamente, mas realmente é um tantinho frustrante em relação ao que se espera da banda cada vez que ela reaparece com um trabalho novo. Ainda assim, há muitos corinhos e ôôs, para quem é fã do Bono e da grandiosa música da banda; e, ao vivo (parece que eles voltarão aqui em 2010), muitas faixas podem crescer ainda mais. Não precisavam ter feito tanto estardalhaço.

Fonte: O globo


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Comentários

  • Zen-Eddie disse:

    Concordo plenamente.

    Não chega a ser um Chinese Democracy ..mas tb não é o q foi prometido.

  • Fabio disse:

    Num é um álbum revolucionário em comparação com os outros sucessos da banda

    Mas pra min esta um espetáculo
    Eu achei perfeito

    As musicas fazem vc viajar no tempo…
    com os solos de The Edge e a voz de Bono…..

    Não canso de ouvir as mesmas musicas
    Fantástico U2- No Line de Horizon…

  • Flávio disse:

    Na boa… o disco me agradou!!! é o menos comercial do U2 em vários anos…achei bem dosado e com bons arranjos…é típico disco que vc ouve de primeira e não gosta e na 3 audição já acha um disco bom…na 5 já acha excelente!!

  • Eduardo disse:

    Pode não ter sido bem aceito pela critica brasileira, mas lá fora o cd fez e faz bastante estardalhaço, tanto que ganhou 5 estrelas da rolling stone, algo que não acontecia desde achtung baby. Na minha opinião o disco é excelente, qualidade sonora impecável, bem u2 mesmo, porém tenho que concordar que não é um album comercial, se não for o menos comercial de todos, por isso os singles não tiveram tanto impacto como elevation e beautiful day, mas o cd tem sim suas musicas grudentas e hits. Nota 1000!!!

  • marcelo disse:

    Daqui a 10 anos a critica Brasileira vai estar falando que foi o CD que o U2 mais ousou em toda sua carreira, e que merce ser ouvido e bla bla bla…

  • amanda vox disse:

    estou show o novo album do u2!! como sempre né?
    os caras sao de mais!!!!

  • Paco disse:

    Acontece que este disco não é yão comercial como foi o Achtung Baby, que por sua causou tanta estranheza com seu release single ”The Fly”, quanto “Get On Your Boots”, é questão de tempos, em um país como o Brasil, em que a cultura geral é o facil, não é de se estranhar, que este album não faça muito sucesso.
    No Line On The Horizon, recebe nota 5/5, em qualquer lugar em que musicas estranhas de diferentes, são bem vindas.

  • julio disse:

    Achei muito bom,gostei muito…realmente,não é o album mais lindo,mas nos dias de hj com tanto coisa acontecendo…nossa que maravilha rs viva U2!!!!



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