Coréia do Norte lançará satélite Kwangmyongsong-2 no espaço

O governo da Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira estar preparando o lançamento de um foguete que colocará em órbita um satélite de telecomunicações, informou a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA.

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“Os preparativos para o lançamento do satélite de comunicações Kwangmyongsong-2, que será colocado em órbita pelo foguete Unha-2, estão tendo rápidos progressos no Centro de Lançamento de Satélites Tonghae, no condado de Hwadae, província de Hamgyong Norte”, afirmou um porta-voz do Comitê Coreano de Tecnologia Espacial, segundo o site da KCNA.

“Quando o satélite for lançado, a ciência e a tecnologia da nação (Coreia do Norte) darão outro passo gigantesco na construção do poder econômico”, diz o comunicado.

Não foram divulgadas informações sobre a data do possível lançamento.

Segundo o correspondente da BBC na Coreia do Sul, o comunicado divulgado nesta terça-feira reforça rumores de que Pyongyang estaria se preparando para testar um míssil de longo alcance.

Outro fato que reforça os temores de que o país na verdade estaria preparando o teste de um míssil é que, em 1998, quando a Coreia do Norte testou o míssil de pequeno alcance Taepodong-1, também alegou estar colocando um satélite em órbita.

Acredita-se que o local do possível lançamento, Hwadae, no nordeste do país, também seja o lugar onde está sendo desenvolvido o míssil de longo-alcance Taepodong-2, que, segundo informações, teria um alcance de 6,7 mil quilômetros, o que, teoricamente, daria a ele a capacidade de atingir o Estado norte-americano no Alasca.

Na última vez que o Taepodong-2 foi testado, em 2006, no entanto, ele acabou explodindo menos de um minuto após o lançamento.

Apesar das suspeitas, o comunicado divulgado por Pyongyang nesta terça-feira afirma que o lançamento tem “fins pacíficos”.

“O espaço é um ativo comum a toda a humanidade e seu uso para fins pacíficos é uma tendência global”, diz o documento divulgado pela KCNA.

As negociações sobre o desmantelamento do arsenal nuclear da Coreia do Norte (que envolvem EUA, Rússia, Coreias do Norte e do Sul, China e Japão) estão atualmente paradas.

As relações de Pyongyang com Seul também estão mais estremecidas depois de o governo norte-coreano ter anunciado, no final de janeiro, o cancelamento de todos os acordos com o vizinho do sul.

Durante sua visita oficial à Ásia, na semana passada, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, alertou a Coreia do Norte sobre suas “atitudes provocativas” e pediu pela retomada das negociações sobre seu desarmamento.

Fonte: O Globo


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