Uma faxineira para mais de dois mil e cem alunos em escola

Os 2.160 alunos da escola estadual Visconde de Mauá, na cidade de Mauá (Grande São Paulo), têm só um funcionário para limpar salas de aula, pátio e outras dependências. A única faxineira trabalha das 6h às 15h. Só que a unidade também tem curso noturno, com aulas até as 23h. “A coitada não sabe nem por onde começa. Claro que ela não dá conta de todos os lugares que teria que limpar”, afirma um professor, que não quis se identificar.

lixo na escola

O problema acontece por causa de uma disputa entre a empresa terceirizada que faz a limpeza e o Estado. A firma critica a redução na verba paga a cada mês pelo serviço.

“Se você perguntar se eu acho que um funcionário é o suficiente para a limpeza daquela escola, vou te falar que, com certeza, não é. Mas o que eles fazem com a gente, cortando a verba, também não está certo”, diz Anderson Simões, diretor-executivo do Grupo Fortin, que cuida da faxina na escola. Ele se refere a um sistema de notas que é dado pela direção da unidade. Quanto menor a nota, menos verba a empresa leva.

O governo diz que a firma tem a obrigação de manter a escola limpa e que a redução do dinheiro é questão de justiça.

A empresa é a responsável pela limpeza da escola Visconde de Mauá e de outros 104 colégios em Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Santo André, todos no ABC.

Segundo pais e funcionários da escola, o problema existe desde o início do ano letivo, quando a empresa cortou dois funcionários e deixou apenas uma faxineira, das 6h às 15h.

Fonte:folha


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