Diretor de “Bonequinha de Luxo” e “Um Convidado Bem Trapalhão”, Blake Edwards morre aos 88 anos, nos EUA
Diretor e escritor de comédias sofisticadas, ferinas e sensuais como “Bonequinha de Luxo”, “Um Convidado Bem Trapalhão”, “S.O.B.” e “Victor ou Victoria”, Blake Edwards morreu na manhã desta quinta-feira (16), aos 88 anos, nos Estados Unidos.
Sem dirigir para o cinema desde 1995, ele havia recebido um Oscar honorário pelo conjunto da obra em 2004.
Comparado aos grandes diretores de comédias de Hollywood, como Leo McCarey, Preston Sturges e Frank Tashlin, Edwards combinava duelos verbais, pastelão e elementos das comédias mudas com histórias em que o drama e a dor têm o seu lugar e são observados com graça e leveza.
Esses elementos estão nos grandes filmes que fizeram sua fama e também em séries mais populares, como “A Pantera Cor-de-Rosa”, com Peter Sellers no papel do inspetor Clouseau.
A carreira extensa, com mais de cinquenta títulos entre roteiros, direções e produções, fez muitos críticos considerarem Edwards um cineasta irregular.
Mais do que avaliar regularidade, que no cinema americano está muito ligada a lucro e bilheterias sensacionais, pode-se falar em consistência na carreira desse profissional que conseguiu domar Sellers, consagrou Audrey Hepburn, transformou Dudley Moore em humorista e fez a fama de Julie Andrews, com quem se casou.
Fosse diferente e “Mulher Nota 10”, com a “bombshell” Bo Derek, estaria entre as principais referências na carreira de Edwards. Mas é apenas mais um de seus filmes sensuais e intencionalmente rasos, que fez muito dinheiro nas bilheterias por conta de Derek.
A playmate convertida em atriz era considerada um modelo de beleza na época, muito antes de Pamela Anderson e o estilo “Baywatch” fazerem sucesso.
fonte: ALESSANDRO GIANNINI
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