Pesquisa do IBGE mostra que economia brasileira cresceu 1,3% no 1º trimestre de 2011

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A economia brasileira registrou crescimento de 1,3% no primeiro trimestre (janeiro a março) de 2011 sobre os três últimos meses de 2010, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (3). Em valores correntes, a soma de todas as riquezas produzidas pela economia no período alcançou R$ 939,6 bilhões.

No quarto trimestre de 2010, a expansão da economia fora de 0,8% sobre os três meses anteriores, segundo revisão do IBGE divulgada nesta sexta. Na divulgação de dezembro de 2010, o número anunciado fora 0,7%.

“O melhor desempenho foi dado à agropecuária, devido principalmente à agricultura. Esse é um ano bom, com previsão de recorde da safra agrícola”, disse Rebeca de La Rocque Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE. Nesse tipo de comparação, a alta da agropecuária foi de 3,3%, seguida da indústria (2,2%) e dos serviços (1,1%).

Na comparação anual, com o primeiro trimestre de 2010, o PIB teve avanço de 4,2%. De acordo com o IBGE, entre as atividades econômica, os maiores destaques foram observados no setor de serviços, que cresceu 4%, seguido pela indústria (3,5%) e pela agropecuária (3,1%).

Sobre o trimestre anterior, o crescimento da indústria foi de 2,2%, com a maior influência partindo da indústria de transformação (2,8%). Também apontaram crescimento construção civil (2%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,7%).

Na sequência, aparece o setor de serviços, que teve alta de 1,1%, com os maiores aumentos vindos do comércio (1,9%) e transporte e armazenagem e correio (1,7%). Os serviços de informação tiveram crescimento de 1,1%, seguidos por administração, saúde e educação públicas (0,9%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,2%).

A formação bruta de capital fixo (investimentos planejado) teve expansão de 1,2% no primeiro trimestre deste ano, ultrapassando a alta de 0,4% nos três meses anteriores.

“A importação e a produção interna de máquinas e equipamentos cresceram mais do que o setor de construção civil, o que favoreceu os investimentos”, afirmou a gerente do IBGE.

Despesas das famílias
Depois de três trimestres seguidos de crescimento, a a despesa de consumo das famílias desacelerou, apontando variação de 0,6% no primeiro trimestre de 2011. Já a despesa de consumo da administração pública cresceu 0,8%.

“As medidas macroprudencias do Banco Central, o aumento das exigências de empréstimos para pessoas físicas influenciaram na redução da despesa de consumo das famílias”, disse a gerente do IBGE.

Quanto ao setor externo, tiveram quedas as exportações (-3,2%) e as importações de bens e serviços (-1,6%).

“Depois da crise de 2008, houve um crescimento muito alto do extrativismo mineral. No 4º trimestre de 2010, a extração cresceu 25% e, agora, cresceu 5%. “Não houve queda na produção, mas cresceu bem menos do que no fim do ano passado”, ressaltou Rebeca. “Isso também exerce efeito sobre as exportações, que teve queda neste primeiro trimestre”, complementou.

De 2010 para 2011
Na comparação anual, o crescimento do PIB foi puxado pelo setor de serviços (4%). Todas as atividades de serviços registraram variações positivas, com destaque para intermediação financeira e seguros (6,4%), comércio atacadista e varejista (5,5%) e serviços de informação (5,1%).

Quanto à indústria, o crescimento nesse período desacelerou: de 4,3% no quarto trimestre de 2010 para 3,5% no primeiro trimestre de 2011 – um dos motivos é a alta base de comparação do primeiro trimestre do ano passado. Os maiores destaques partiram de construção civil (5,2%) e em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,9%).

Nesse tipo de comparação, a agropecuária cresceu 3,1%, devido ao aumento da produtividade e ao desempenho de alguns produtos da lavoura, como soja (6,3%), milho (3,0%), arroz (18,4%), algodão (69,5%) e fumo (16,3%), segundo nota do IBGE.

Sobre o primeiro trimestre de 2010, a despesa de consumo das famílias cresceu 5,9% – 30ª variação positiva seguida. De acordo com o IBGE, o resultado pode ser explicado pelos aumentos da massa salarial real e pelo saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas.

Já a despesa de consumo da administração pública aumentou menos, 2,1% em relação na comparação anual.

Investimento
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2011 foi de 18,4% do PIB, superior à taxa referente a igual período do ano anterior (18,2%). A taxa de poupança alcançou 15,8% no primeiro trimestre de 2011, ante 15,4% no mesmo trimestre de 2010.

No resultado do primeiro trimestre de 2011, a necessidade de financiamento alcançou R$ 27,4 bilhões contra R$ 25,1 bilhões no mesmo período do ano anterior, segundo o IBGE.

fonte: G1


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