Análise do novo Audi A5
Você já deve ter ouvido falar em carros cupê. São os veículos com denotação esportiva, com o teto baixo e coluna traseira inclinada. O auge dos cupês no Brasil aconteceu nos anos 70 com o Opala, Maverick, Corcel II, SP-2 e Puma. Hoje, cupê virou sinônimo de carro de luxo, com preços a partir de três dígitos, que os proprietários compram mais pela emoção do que pela razão. E o mais novo integrante deste seleto time é o Audi A5, que tem preço sugerido de R$ 254.500.
O carro tem capacidade para apenas quatro pessoas. Mas as duas que sentam atrás, dependendo da altura, podem encostar a cabeça no teto. O porta-malas comporta 455 litros de bagagem e o veículo tem apenas duas portas. Enfim, o Audi A5 – assim como seus principais concorrentes, o BMW 325iA Coupé e o Mercedes-Benz CLS-350, que tem quatro portas – não é um carro muito prático, daqueles para levar a família para viajar. E nem chegou para isso.
De acordo com Rafael Clemente, gerente de produtos da Audi, o público-alvo é o consumidor que abre mão de certas necessidades para transmitir status e jovialidade. A intenção da empresa é atrair o cliente do A4 para um novo produto mais esportivo. Em outras palavras, o carro foi feito para o dono (ou a dona) se exibir e mostrar os truques tecnológicos aos amigos e às amigas. Afinal, não vai ser fácil ver um A5 pelas ruas. A Audi acredita que possa vender no Brasil, por ano, cem unidades do modelo fabricado em Ingolstadt, na Alemanha.
Produzido na mesma plataforma do A4, o Audi A5 chega ao Brasil com uma única versão de motor: 3.2 V6 movido a gasolina, com potência de 269 cavalos que pode atingir a velocidade máxima (limitada eletronicamente) de 250 km/h e fazer de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos, de acordo com o fabricante. O câmbio automático de oito velocidades pode ser alterado para mudanças seqüenciais nas borboletas (shift) atrás do volante ou no engate. Tem ainda freios ABS, airbags e rodas de 19 polegadas.
O design esportivo se destaca pelo eixo dianteiro mais para a frente, que permite uma melhor distribuição do peso. Os bancos de couro esportivos em uma posição baixa e a facilidade de acesso aos comandos do painel garantem o conforto ao dirigir. Um sistema de memória guarda dois modelos de ajuste do banco do motorista para o caso, por exemplo, de um marido alto e uma esposa baixinha (ou vice-versa) dividirem o uso do carro. Basta apertar o botão de memória e o banco se ajusta ao seu conforto.
Controle faz carro frear sozinho
A convite da Audi, a equipe de reportagem do G1 andou no A5 em uma viagem de Indaiatuba a São Paulo. O objetivo foi verificar o desempenho do carro e de dois sistemas opionais que fazem o grande diferencial do A5. O primeiro é o sistema Audi Drive Select, que permite ao motorista regular a suspensão do carro de três formas diferentes: automática (standard), confortável (com a direção mais leve e suspensão macia) ou dinâmica (com suspensão mais rebaixada, marchas mais esticadas e direção mais dura). Honestamente, a versão standard já é suficientemente esportivada.
O outro sistema, o Adaptive Cruise Control, permite que o carro praticamente diriga sozinho. Funciona assim: o motorista acelera até a velocidade que deseja e aciona o piloto automático. Ele também escolhe, por meio de uma alavanca atrás do volante, qual é a distância que quer ter do carro da frente. A partir daí, os sensores do A5 entram em ação. Se a pista está livre, ele segue na velocidade definida. Se aparecer um carro mais lento à frente, o veículo automaticamente freia sem que o motorista precise pisar no breque.
Foi o que aconteceu quando um Kombi entrou na faixa da esquerda à frente do A5 para ultrapassar um caminhão. A velocidade do Audi que era de 120 km/h rapidamente caiu para 80 km/h. Se é preciso uma redução mais brusca, o sistema faz sem que seja necessário pisar no freio. O sistema funciona perfeitamente (carros da Volvo também utilizam sistema semelhante), ajuda na segurança da direção, mas, no fundo, tira um pouco da graça e do prazer de dirigir.
Fonte: G1
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