O diretor do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) da Polícia Civil, Nelson Silveira Guimarães, disse na tarde desta sexta-feira (16) que mais dois integrantes da quadrilha que roubou 170 cofres do banco Itaú, da Avenida Paulista, foram identificados. O crime ocorreu no dia 27 de agosto, mas só foi noticiado oito dias depois.

Além deles, a polícia já havia identificado um cabeleireiro de 45 anos. O irmão dele, um pedreiro de 29 anos, foi preso na Zona Norte da capital, nesta quinta-feira (15). Na casa dele, a polícia encontrou pedras preciosas, mais de 10 mil libras esterlinas e equipamentos e ferramentas para cortar metais.

“Ele reconhece o irmão como um participante ativo no roubo do Itaú. Foi um cala boca para o irmão. É o fio de linha que nós achamos. Agora é que o Deic vai para cima de verdade”, afirmou Guimarães.

De acordo com ele, o Deic recebeu informações de que uma pessoa na região Norte da cidade apresentava ações suspeitas. O pedreiro utilizou dólares que recebeu do irmão, por exemplo, para comprar uma picape Montana. “Fomos à casa dele e encontramos esses objetos. Ele vai responder por receptação e formação de quadrilha”, disse.

Por enquanto, apenas cinco clientes do Itaú compareceram à sede do Deic na Zona Norte da capital e não reconheceram os objetos apreendidos. “Eles deram descrições muito vagas. Por enquanto, esses objetos pertencem à Justiça. Quem quiser tentar reconhecer as joias tem que vir aqui ao Deic, a competência é nossa. Se possível, traga as fotos”, afirmou.

Em relação ao suspeito que se encontra foragido, Guimarães afirmou que ele tem passagem na polícia por roubo a banco e aparece nas imagens do circuito interno de segurança do banco durante o roubo. “Nos próximos dias, deveremos identificar outros dois integrantes da quadrilha. O Deic saiu atrás, mas estamos na frente”, declarou, em referência ao atraso nas investigações, que rendeu críticas, inclusive, do secretário da Segurança, Antonio Ferreira Pinto.

Fonte:g1