A Vale do Rio Doce demite 1,3 mil pessoas em todo o mundo
A Vale do Rio Doce informou nesta quarta-feira (3) que demitiu 1,3 mil funcionários em todo o mundo. A assessoria de imprensa da empresa não informou quando as demissões se iniciaram. A companhia também dará férias coletivas para 5,5 mil empregados, de forma escalonada.
A Vale tem 62 mil funcionários em todo o mundo. A demissão de 1,3 mil pessoas representa, portanto, um corte de 2,09% de sua força total de trabalho. A companhia ainda não tem o detalhamento completo das demissões.
Entretanto, a assessoria de imprensa da empresa informou ao G1 que 20% delas (cerca de 260) serão em Minas Gerais, estado que foi alvo de recente corte de produção. O estado concentrará a maior parte dos trabalhadores que entrarão em férias coletivas – serão 4,4 mil, ou 80% do total.
Justificativas
Segundo a Vale, a medida é motivada pela necessidade de ajustes devido à redução da produção. A companhia informou ainda que 1,2 mil funcionários estão sendo treinados para assumir novas funções e atuar em áreas diferentes.
As primeiras turmas de funcionários entraram em férias nesta segunda-feira (1º). De acordo com o cronograma, os últimos grupos deverão voltar no início de março de 2009, segundo informações da assessoria de imprensa.
Cortes e ‘ginástica’
Em outubro, a empresa anunciou a interrupção da produção de minério de ferro em algumas unidades no Brasil, com volume que equivale a aproximadamente 10% de sua produção total. Também foi suspensa a produção em algumas unidades fora do Brasil, devido à queda na demanda por minérios e metais no mercado mundial.
No mês passado, em visita a Brasília, o presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou disse que a empresa tinha de fazer “ginástica” para evitar cortes de pessoal. Na ocasião, em que se reunião com o presidente Lula, o executivo afirmou que a empresa tentaria manter o quadro de funcionários inalterado até o início de 2009.
“Até lá [fevereiro] o que a gente está fazendo é uma ginástica no sentido de [manter] empregados. Isso tudo tem limite. A gente está torcendo para que as coisas melhorem mais rapidamente”, revelou. Segundo ele, a falta de demanda por aço e minério está prejudicando os negócios da empresa
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