Procurador envolve Arena Corinthians em propina na Lava-Jato; vice do clube depõe
A 26ª fase da Operação Lava-Jato, chamada Xepa, foi deflagrada nesta terça-feira em 11 estados do Brasil e com 110 ordens judiciais a serem cumpridas. A investigação tem como principal alvo a construtora Odebrecht, que é acusada de montar um esquema de pagamentos de propinas em várias de suas obras.
“Descortinou-se um esquema de contabilidade paralela no âmbito do grupo Odebrecht, destinado ao pagamento de vantagens indevidas a terceiros, vários deles com vínculos diretos ou indiretos com o poder público em todas as esferas”.
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal, disse em entrevista coletiva em Curitiba (PR) que um diretor responsável pela Arena Corinthians está entre os envolvidos nesse arranjo. O primeiro vice-presidente do clube alvinegro, André Luiz de Oliveira (conhecido como André Negão), é um dos depoentes na atual fase da operação, conforme confirmou à Folha de S.Paulo o ex-presidente Andrés Sanchez – ele foi levado em condução coercitiva, quando é obrigado a comparecer.
“Dentre as diretorias e setores da Odebrecht que conseguimos localizar como autorizadores ou requisitadores (sic) de pagamentos, nós temos (…) um diretor de contrato e infraestrutura responsável pela Arena do Corinthians”, afirmou.
O jornal O Estado de S.Paulo teve acesso ao despacho da 26ª fase da Operação Lava-Jato e disse que o responsável pela propina no estádio que abriu a Copa do Mundo de 2014 é Antônio Roberto Gavioli, “diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela obra da Arena do Corinthias (sic)”.
Segundo a denúncia, ele “figura em planilhas como responsável por solicitação de pagamentos em espécie de R$ 500.000,00 em data não identificada para pessoa identificada pelo codinome ‘Timão'”. Tal quantia foi entregue “em 23/10/2014. (…) Verificou a autoridade policial que no local reside André Luiz de Oliveira”.
Em fevereiro último, o ex-presidente do Corinthians e responsável pela arena, Andrés Sanchez, afirmara que a Lava-Jato chegaria ao estádio.
“Estão querendo incluir de qualquer jeito, por causa de minha amizade com o Lula. E eu quero que ponham. Quero que o estádio vá para Lava-Jato. Investiguem. Me chamem e vou falar tudo. Dá um Google em 2009, 2010, e veja quanto falavam que custava para botar os dutos da Petrobras no Estádio do Corinthians para ter a Copa do Mundo. 60 milhões de reais, 80 milhões. Sabe quanto foi? Apenas R$ 8,8 milhões. Tem contrato”, disse em entrevista à revista IstoÉ.
Fonte: msn noticias/revista isto é
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