Para evitar filas e atrasos, Aeroporto de Congonhas abre uma hora antes

Filas se formaram no início da manhã, mas a situação se normalizou às 11h e a espera para inspeção no embarque doméstico durava cerca de 5 minutos

O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, abriu as portas uma hora mais cedo nesta quarta-feira (20). A medida foi adotada para evitar as filas registradas nos dias anteriores após a fiscalização para embarque ficar mais rigorosa. Para agilizar a entrada de passageiros e tentar prevenir transtornos, o check-in das companhias aéreas começou às 4h.
Nesta quarta-feira, o aeroporto registrou filas no início da manhã, horário de maior fluxo, mas diferentemente do que aconteceu na segunda (18) e na terça-feira (19), a situação estava mais tranquila por volta das 7h20. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), dos 91 voos previstos até às 11h, apenas um estava atrasado.

O sistema de som do Aeroporto de Congonhas avisa aos passageiros sobre as mudanças na fiscalização. Pelo alto-falante, era solicitada a retirada do notebook da bagagem de mão ao passar pelo raio X. Os passageiros também eram alertados que poderiam ter que passar por revista física – a Anac não dovulgou os critérios de seleção.

Por volta das 9h30, não havia retenção na aérea de embarque do aeroporto e a fila para passar do portão não chegava a durar cinco minutos. Por causa das mudanças, que começaram a valer na última segunda-feira (18), a Anac orienta o passageiro a chegar duas horas antes do voo.
Antecedência

Os transtornos dos dias anteriores, no entanto, fizeram muitas pessoas anteciparem ainda mais a ida ao aeroporto. Com viagem marcada para João Pessoa, capital da Paraíba, a cabeleireira Sandra Lins, de 48 anos, chegou quatro horas antes da decolagem. “E olha que eu moro do lado do aeroporto”, disse. “Vi que a situação estava terrível, então fiquei com medo de perder o voo.”
O músico Rogério Midlej, de 44 anos, também resolveu se prevenir e chegar três horas antes do embarque para Brasília, onde mora. “Troquei muitas mensagens com amigos que viajaram e todos disseram que estava um caos”, afirma o passageiro, que sequer tinha malas para despachar.
No saguão de embarque, Midlej procurava na tela a confirmação do voo. “Cheguei tão cedo que ainda não está aparecendo o meu”, riu. “É uma precaução necessária. Não posso perder o avião e deixar de trabalhar.”
Com viagem do filho marcada para Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, a pesquisadora Grace Zauza, de 42 anos, chegou com 1h40 de antecedência, pouco menos do que a recomendação, mas não enfrentou problemas. “Ele é menor de idade e viajou acompanhado. Não pegamos fila”, disse.

Fonte: Último Segundo/Brasil/Estadão