Rafael Silva vence uzbeque Abdullo Tangriev e leva o bronze no judô
Brasileiro aplicou um yoko e conquistou a quarta medalha do Brasil nos Jogos; entre as mulheres, Maria Suelen perdeu logo na estreia
O brasileiro Rafael Silva, o “Baby”, ganhou o bronze no judô na categoria pesado (acima de 100 kg) – ele conquistou a mesma medalha em Londres, 2012. Baby aplicou um yoko no uzbeque Abdullo Tangriev e conquistou a quarta medalha do Brasil nos Jogos do Rio 2016.
Ele disputou o bronze após perder o duelo das quartas de final contra o favorito francês Teddy Riner, atual octacampeão mundial, bronze em Pequim 2008 e ouro em Londres 2012.
A parada diante do gigante Teddy Riner era duríssima. Depois de segurar o empate até a metade final da luta, o brasileiro levou um wasari do adversário, além de três punições, e não conseguiu virar o jogo, decretando sua derrota.
Lutas anteriores
Na segunda luta, diante do russo Ranet Saidov, Rafael Silva chegou a levar uma punição por um falso ataque, mas logo se recuperou. O número 12 do mundo ficou em vantagem no combate com os dois shidôs aplicados ao russo, o 14º da lista, ambas por falta de combatividade. Depois, com 3min31 de luta, conseguiu aplicar um golpe para definir a sua vitória com um ippon.
Pouco antes, Baby estreou com uma fácil vitória nos jogos Olímpicos do Rio. Ele abriu a sua participação entre os pesos pesados (mais de 100kg), na Arena Carioca 2, superando o hondurenho Ramon Pileta, o 75º colocado no ranking mundial, por ippon.
Rafael Silva ficou muito próximo da vitória com apenas 1min13 de luta, quando aplicou um wazari em Pileta. O hondurenho ainda recebeu uma punição (shidô) com 2min25 de combate. E com 3min22, o brasileiro conseguiu o ippon, assegurando a sua vitória na estreia nos Jogos do Rio.
Bronze nos Jogos de Londres, em 2012, Rafael Silva é a última esperança de medalha do judô brasileiro entre os homens no Rio 2016. Além disso, ele foi vice-campeão mundial em 2013 e medalhista de bronze em 2014. Ainda assim, a sua presença na Olimpíada não chegou a ser uma certeza até a convocação, pois uma lesão o afastou por longo tempo dos tatames, inclusive forçando a sua ausência nos Jogos Pan-Americanos de Toronto em 2015.
Além disso, David Moura também possuía resultados expressivo recentes, tanto que está até melhor ranqueado do que Rafael Silva – é o nono melhor do mundo entre os pesos pesados, três posições à frente de “Baby”, que acabou sendo o escolhido para participar da Olimpíada.
Palavras do medalhista
Ele repetiu o resultado que obteve nos Jogos de Londres 2012, quando também foi o terceiro colocado, mas acha que não dá para comparar as duas conquistas. “É difícil comparar. Eu fiz uma luta dura com o Teddy (Riner), enfrentei adversários diferentes, vim de uma recuperação, então tem um gostinho a mais. Em casa foi uma gritaria que emocionou muito”, afirmou.
A emoção é grande não só por causa de mais uma medalha para sua coleção, mas também porque no último ciclo olímpico ele passou por momentos difíceis por causa de um problema no ombro. “Depois de uma lesão grave em 2015, com muita fé, Deus me ajudou bastante a me recuperar e me deu confiança. Essa medalha vem para coroar todo esse trabalho”, explicou.
Pelo chaveamento da categoria, ele acabou tendo um confronto precoce contra Teddy Riner, que acabou sendo bicampeão olímpico. O duelo nas quartas de final, com derrota do brasileiro, fez com que ele tivesse chance apenas do bronze. “Sabia que seria difícil, mas dei uma canseira nele. É um privilégio fazer parte da geração desse cara. Ele é diferenciado”, comentou.
Brasileira eliminada
Além de Baby, o judô brasileiro também foi representado nesta sexta-feira na Olimpíada do Rio pela peso pesado Maria Suelen Altheman (mais de 78kg). Ela estreou diante da sul-coreana Minjeong Kim e perdeu o combate, ficando fora do pódio. A asiática abriu um yuko de vantagem nos primeiros movimentos e segurou as ações até o final, garantindo classificação e eliminanda a brasileira.
Fonte: Último Segundo/Olímpiadas 2016/Com Estadão Conteúdo
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