Fome pode matar 20 milhões de pessoas na África em seis meses, alerta ONU
Situação é de extrema gravidade em quatro países: Iêmen, Nigéria, Somália e Sudão do Sul; colegiado pede providências da comunidade internacional
O brasileiro José Graziano da Silva, que ocupa o posto de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), alertou que cerca de 20 milhões de pessoas podem morrer de fome nos próximos seis meses na África se “nada for feito” pela comunidade internacional. O alarme, divulgado pela ONU News, refere-se a quatro países: Iêmen, Nigéria, Somália e Sudão do Sul.
A declaração foi dada na abertura da reunião da agência da ONU nesta segunda-feira (24), que ocorre em Roma. Graziano ressaltou que é necessária uma ação urgente, pois “a fome não apenas mata pessoas, mas contribui para a instabilidade social, e perpetua um ciclo de pobreza e a dependência de ajuda que perdura décadas”.
Durante o encontro do Conselho da FAO, cuja duração programada é de duas semanas, os integrantes do colegiado receberão informações a respeito da extensão das crises de fome e sobre as medidas que devem ser adotadas para prevenir que essa catástrofe se confirme no continente africano.
Agenda 2030
De acordo com as Nações Unidas , a comida e a agricultura são pontos centrais para se alcançar a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável proposta pela organização. O trabalho desenvolvido pela FAO deve contribuir para se atingir 40 metas que estão em 15 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).
Os membros do Conselho da FAO vão discutir ainda o programa de trabalho e o orçamento da agência para o biênio 2018-2019.
O orçamento vai priorizar as áreas onde a FAO pode ter maior impacto para atingir as metas da Agenda 2030, incluindo mitigação aos efeitos da mudança climática e produção agrícola sustentável. Ainda na lista estão a gestão para combater a escassez de água e a implementação de programas de resiliência para famílias de agricultores mais pobres.
Haiti
Em março, o escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres pediu apoio urgente de US$ 2,7 bilhões para a implementação do plano de recuperação do Haiti após a passagem do furacão Matthew, que provocou destruição no país da América Central em outubro do ano passado. A estimativa é de que as ações levem cerca de três anos para serem executadas. O desastre natural deixou mais de 600 pessoas mortas.
Fonte: Último Segundo/Mundo/Com informações da Agência Brasil
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