Tribunal Superior do Trabalho na era digital para agilizar andamento dos processos
A partir da semana que vem, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai receber apenas recursos eletrônicos. Até dezembro o tribunal pretende acabar de vez com os processos em papel. Atualmente um processo leva até seis meses para chegar às mãos de um ministro. Prazo que, com a mudança, deve cair para dois dias.
Quase 23 anos esperando. Os 180 clientes do advogado José Alberto Maciel já ganharam a ação coletiva na Justiça. Mas até agora, “a ação começou em 1985, nem lembro mais. Dois advogados e 50 empregados já morreram”, conta Maciel.
A lentidão da Justiça tem vários motivos. Um deles é que os processos são de papel. Só no Tribunal Superior do Trabalho, 173 mil processos aguardam julgamento. Mil novos processos por dia. Quando chegam, têm que ser conferidos, copiados, encadernados.
“Muitos processos nos gabinetes. Há papel em todo lugar”, diz a técnica judiciária Isabel Soares Porto.
A partir de 2 de agosto, o tribunal só vai receber recursos eletrônicos, pelo computador. Hoje, quando um processo sai de um tribunal regional para ser julgado em Brasília, passa pelas mãos de muita gente. Vai pelos Correios, de caminhão. Só no transporte pode demorar seis meses. Com o processo eletrônico, o tempo deve cair para dois dias.
Os processos antigos estão sendo digitalizados. Os arquivos eletrônicos vão ficar em uma sala-cofre, protegidos contra incêndios e inundações. Não será preciso gastar com transportes, máquinas copiadoras e funcionários terceirizados para carregar os papéis.
“A economia vai ser fantástica”, calcula o presidente do TST Milton de Moura França. Dinheiro usado até para a manutenção dos carrinhos de mão usados para levar a papelada de um lado para o outro.
Não encontrou o que queria? Pesquise abaixo no Google.
Para votar clique em quantas estrelas deseja para o artigo
Enviar postagem por email